quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Arte Minóica



A Arte da Antiguidade: Arte Egeia (Arte Cicládica, Arte Minóica e Arte Micénica)

A Arte Egeia está associada às civilizações que floresceram no Mar Egeu (entre a Grécia e a Turquia), durante o terceiro e segundo milênio a.C., antes de a civilização grega, propriamente dita, se ter desenvolvido. Dentro da arte egeia, podemos distinguir três civilizações estreitamente ligadas e contudo diferentes: a das Cíclades, um grupo de pequenas ilhas dispersas (Arte Cicládica); a de Creta (Arte Minóica); e a do território da Grécia continental, Heládica (Arte Micénica). Este conjunto de civilizações independentes formam a civilização egeia, como hoje a conhecemos.

Existem vestígios de ocupação humana em todo o Egeu que remontam ao paleolítico, apesar de os aglomerados habitacionais se terem disseminado e crescido principalmente a partir do Neolítico.
A arte egeia é dividida em três fases: Antiga (c. 3000-2000 a.C.), que corresponde aproximadamente ao período pré-dinástico e ao Império Antigo no Egipto, e às culturas sumérias e acadianas na Mesopotâmia; Média (c. 2000-1600 a.C.), contemporânea do Império Médio no Egipto  e da ascensão da Babilônia na Mesopotâmia; e Tardia (c. 1600-1100 a.C.) que corresponde ao Segundo Período Intermediário e início do Império Novo no Egito e a subida ao poder dos Assírios na Mesopotâmia.

Fonte: http://umolharsobreaart.blogspot.com.br

ARTE MINÓICA
Segundo o Dicionário Oxford de Arte, Arte Minóica é o termo aplicado à arte da antiga Creta, em particular àquela produzida entre c. 2500 e c. 1100 a.C. A designação foi cunhada em 1894 pelo arqueólogo britânico Sir Arthur Evans, que, de 1898 a 1935, coordenou extensivas escavações em Creta, principalmente em Cnosso, onde descobriu um palácio real que recebeu o nome de Palácio de Minos (donde o termo "minóico), legendário soberano da ilha. A civilização minóica é misteriosa em diversos aspectos (os escritos minóicos não foram decifrados), mas deve ter atingido um alto grau de estabilidade e sofisticação, pois o Palácio de Cnosso é imenso e totalmente desprovido de fortificações. Afora a arquitetura, a arte minóica sobrevive em esculturas, peças de cerâmica e pinturas murais, nas quais muitas vezes são representadas vívidas imagens de animais, sobretudo do touro, que tinha significado ritual (a melhor coleção é a do Museu Arqueológico de Heráklion, Creta). Acredita-se que a civilização minóica tenha sido destruída em parte por terremotos e, em parte por invasões, e por volta de 1100 a.C. sua arte já fora absorvida pela tradição artística continental.


O principal florescimento da arte minóica (que deveu o seu nome ao lendário rei Minos) ocorreu em cerca de 2000 a.C. quando as civilizações urbanas de Creta construíram grandiosos palácios em Cnossos, Festos e Mallia. Estes palácios foram a principal atividade artística minóica, que conjugavam arquitetura e pintura, e eram o símbolo da vida política, religiosa e cultural da civilização minóica.
Um dos poucos exemplos que sobreviveram até aos nossos dias é o de Cnossos, o Palácio de Minos, que foi cuidadosamente explorado e em parte reconstruído. 



O palácio era composto por pátios, salões, oficinas, armazéns (que albergavam jarros de barro que continham provisões), e talvez áreas residenciais, interligadas por corredores, escadarias e pórticos. 

Os espaços interiores eram iluminados e ventilados por poços de luz frequentes. O palácio possuía ainda um sistema de canos de esgoto em barro. As paredes tinham estrutura em madeira e eram preenchidas com alvenaria de cascalho ou com tijolos de adobe. 

As colunas, feitas, frequentemente, de madeira com base em pedra, sustentavam os pórticos. A sua forma era invulgar: possuía um fuste que adelgaçava em direção ao chão a partir de um capitel em forma de coxim. 


Megarón da rainha, Palácio de MinosCnossos, Creta, c. 1700-1300 a.C.
(
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Armon_Knossos_P1060073.JPG)

O seu aspecto exterior não tinha a imponência dos palácios assírios e persas, como o de Sargão II ou o de Dario e Xerxes; as divisões eram pequenas com tectos baixos, mas apesar disso, ricamente decoradas.